Poços artesianos
Captação de água subterrânea
Para consumo humano em sistemas públicos, via de regra, utiliza-se a modalidade de poço tubular profundo, cuja dimensão será consequência de características geológicas locais. Em Cuiabá, as profundidades chegam a 150 metros, no máximo 200 metros, operam com nível dinâmico situado entre 60 e 90 metros e produzem vazões médias entre 10 e 20 M³/H, sofrendo queda acentuada de produção nos meses de seca, em face da inexistência de recarga por longos períodos, característica do clima local. No momento, a concessionária tem sob sua responsabilidade 81 poços; dentre eles, 31 estão desativados e 50 em operação.
Apesar de a construção de poços artesianos trazer muitos benefícios, principalmente para populações que vivem em áreas com escassez de recursos hídricos, existem alguns fatores que interferem diretamente na qualidade da água, na preservação das reservas hídricas subterrâneas e do meio ambiente.
A superexplotação e a poluição de águas subterrâneas podem acarretar sérios danos ao meio ambiente e, consequentemente, aos seres humanos. Dentre eles pode-se citar: prejuízos ao ecossistema, proliferação de algas ou outros efeitos causados pelo despejo de matéria orgânica em lagos, como esgoto, fertilizantes agrícolas, efluentes industriais. Essa matéria orgânica despejada aumenta a biomassa, causando diminuição da taxa de oxigênio nos lagos, e tem como consequência a mortandade de espécies nativas e posterior poluição da água, imprópria para consumo humano. Quanto aos prejuízos à saúde humana, a poluição das águas subterrâneas coloca a saúde dos seres humanos em risco por uma série de substâncias tóxicas, como nitrato, nitrito e coliformes (FAGUNDES; ANDRADE, 2005).